quarta-feira, outubro 18, 2006

Thunderstruck

Neste momento, estou a escrever estas linhas para vocês enquanto lá fora os relâmpagos luminescem na noite escura... que belo cenário! Mas afinal o que é uma trovoada?

Para uma trovoada se formar é necessário que exista elevação de ar húmido numa atmosfera instável. Se elevação de ar é suficientemente forte, o ar arrefece até temperaturas abaixo do ponto de orvalho e condensa, libertando calor latente que promove a elevação do ar e «alimenta» a trovoada.

As trovoadas mais fortes são geradas quando ar quente e húmido sobe rapidamente, com velocidades que podem chegar aos 160 km por hora, até altitudes mais elevadas e mais frias. Os relâmpagos surgem quando as partículas de gelo ou neve de uma nuvem começam a cair de grande altitude em direcção à superfície e correspondem à libertação de energia devida à diferença de carga entre as partículas.

Os trovões são o ruído que os relâmpagos fazem quando atravessam o ar. Durante uma trovoada geram-se descargas eléctricas para equilibrar a diferença de potencial entre o topo da nuvem (cargas positivas), a base da nuvem (cargas negativas) e o solo (carga positiva). A atmosfera funciona como isolador entre a nuvem e o solo. Quando a energia envolvida numa tempestade ultrapassa a resistência do ar, gera-se uma descarga entre os pólos de carga oposta. O rápido aumento da pressão e temperatura fazem expandir violentamente o ar envolvente ao raio a velocidades superiores às do som, gerando-se uma onda de choque. O ribombar posterior a um trovão é conseguido pelo eco da onda de choque nas altas camadas da atmosfera e na geografia envolvente.


Sempre foi algo que apreciei. As trovoadas. Claro que inicialmente tinha medo, mas depois este deu lugar ao fascínio. Toda aquela energia electromagnética. Pois é. Neste momento sinto-me assim. Eléctrico! E em choque também...

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