sexta-feira, junho 02, 2006

No Blood 4 Oil

No rádio:
Megadeth - Symphony of Destruction

Vários acontecimentos recentes, tais como os persistentes altos preços da gasolina, avisos sem precedentes da Secretaria da Energia e das grandes companhias petrolíferas, sugerem que estamos a ponto de entrar no ocaso da era do petróleo, uma época de escassez crónica de energia e estancamento económico, assim como de crises e conflitos constantes. O petróleo não desaparecerá durante este período, ainda estará disponível no posto de gasolina mais próximo para aqueles que puderem pagá-lo, mas não será barato nem abundante como foi durante os últimos 30 anos.

A cultura e o estilo de vida que associamos com os bons tempos da era do petróleo, deixarão lugar para um modelo de vida mais sóbrio baseado numa rigorosa dieta de gasolina. Se bem que os norte-americanos continuarão a consumir uma proporção diária do petróleo mundial muito maior que os outros, tendo que competir fortemente com os consumidores de outros países, incluindo a China e a Índia, para ter acesso ao abastecimento cada vez mais escasso. O conceito de "ocaso" do petróleo deriva daquilo que se conhece quanto à equação da oferta e da procura mundial. Os peritos em energia há muito que reconheceram que a produção mundial de petróleo chegará algum dia a um momento máximo (o "pico") de produção diária, seguido de uma queda cada vez mais brusca de fornecimento. Os resultados serão altos preços permanentes, intensa competição internacional pelos fornecimentos disponíveis, e escassez periódica provocada por tensões políticas e sociais nos países produtores.

Vai lá vai...

O ocaso da era do petróleo, é muito provável que se caracterize por uma crescente politização e pelo constante uso da força militar para ganhar o controle dos fornecimentos disponíveis.

Isto é assim porque o petróleo, entre todas as matérias-primas comerciais, é considerado como um material estratégico; algo tão vital para o bem estar da economia de uma nação que se justifica o uso da força para assegurar sua disponibilidade. Que os países estejam preparados para ir à guerra pelo petróleo não é um fenómeno propriamente novo. Conseguir petróleo estrangeiro foi um factor significativo na Segunda Guerra Mundial e na Guerra do Golfo de 1991, para dar dois exemplos; mas é provável que cada vez mais chegue a fazer parte do nosso mundo num período de crescente competição e diminuição do abastecimento. Estes acontecimentos tomarão uma forma tanto política como económica: por um lado, o aumento dos preços da energia e fornecimentos contratados, e por outro, mais crises diplomáticas e militares. Recentemente fomos testemunhas de exemplos significativos de ambas. No aspecto económico, os sinais mais importantes foram dados pelo crescente preço do petróleo bruto e pelos avisos da diminuição da produção no futuro. O barril do bruto custa agora pouco mais de US$ 70, aproximadamente o dobro do que custava há um ano, e muitos peritos acreditam que o preço subirá muito mais se a situação do abastecimento continuar a deteriorar-se. Peritos afirmam que: "veremos muito mais volatilidade, e poderemos ver os preços subirem até US$ 80 ou US$ 100".



Que alternativas para solucionar este problema?

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