quarta-feira, abril 05, 2006

The Sisters of Mercy

É uma das bandas referência do meu imaginário musical. São míticos. Serão poucas as bandas que, mesmo sem lançarem álbums, conseguem encher recintos sempre que dão um concerto. Com os Sisters of Mercy tem sido assim. O grupo britânico editou o seu último álbum de originais em 1990 - Vision Thing - e, desde então, a sua carreira tem sobrevivido graças a actuações ao vivo.


O início da história dos Sisters of Mercy remonta a 1980, em Leeds, Inglaterra. A banda começa pela mão de Andrew Eldtrich, um jovem estudante, que conhece Gary Marx. Como ambos têm os mesmos gostos musicais decidem formar uma banda. O nome é inspirado num tema da autoria de Leonard Cohen (intitulado "Sisters of Mercy").

Para ultrapassarem as habituais dificuldades de início de carreira, decidem criar a sua própria editora, a Merciful Release, através da qual editam o primeiro trabalho intitulado Damage Done. Tratava-se de um single com três temas que pouco, ou nenhum, impacto teve na cena musical britânica. De forma a conseguirem actuar ao vivo, o baixista Craig Adams entra para a banda e Benn Gun, guitarrista, também se junta aos Sisters of Mercy. Ao mesmo tempo, o grupo adopta uma bateria electrónica, muito famosa na época. O primeiro álbum do grupo só surge em 1985. Antes disso, os Sisters of Mercy ainda lançaram outros singles , como Alice , Floorshow e Temple of Love . Só depois de uma pequena digressão efectuada por alguns países da Europa e Estados Unidos, os Sisters of Mercy conseguem despertar o interesse de uma grande editora. Cinco anos depois de se terem formado, os Sisters of Mercy assinam um contrato com a WEA Records e lançam First and Last and Always.

Quando tudo indicava que a carreira dos Sisters of Mercy ia arrancar definitivamente, os problemas começam. Gary Marx abandona o grupo e, depois de vários conflitos internos, também Craig Adams decide sair da banda. Mais tarde, Adams viria a ser um dos fundadores dos The Mission. Com todas estas confusões, os Sisters of Mercy acabam por só regressar às edições discográficas em 1987. Floodland é lançado numa altura em que o grupo era constituído (apenas) pelo fundador Andrew Eldritch, pela baixista Patricia Morrison e pela bateria electrónica. Em 1988, surgem mais dois singles - Lucretia My Reflection e Dominion - e mais confusão: entra o guitarrista Andreas Bruhn, Tim Bricheno e Tom James. Sai a baixista Patricia. Seria com esta formação que os Sisters of Mercy editariam o último álbum de originais até à data. Vision Thing foi lançado em 1990.

Andrew Eltritch sempre foi muito conflituoso, cancelando concertos por detalhes de cartaz ou bilhetes e pormenores de camarim. Cancelaram já inúmeras vezes as bandas de suporte e têm vindo a renegar todo o historial gótico musical da banda, tendo Andrew inclusivamente tentado demarcar-se desta corrente e deste tipo de público exagerando nos efeitos de fumo para não ver gente trajada de preto (consultem a página da banda site e tirem as vossas conclusões). Hoje dou-lhes uma oportunidade de redenção. Vou estar no Coliseu dos Recreios. Espero o melhor!

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